Nossa internet não é neutra?

Se não existe neutralidade, contra o que, ou quem, temos que nos preocupar?

Nas ultimas semanas o assunto principal é a discussão sobre o fim da neutralidade na internet e o que isso causará na vida das pessoas.

Um fato importante e não tão comentado é que, a neutralidade meio que não acontece por completo no Brasil. Como assim? Pois é, as operadoras já vendem franquias limitadas e reduzem velocidade de acesso a determinados serviços.

Com base no texto publicado no Brazilian Times (link no final), as pessoas temem que algo que já existente, aconteça. Se enrolou, né? 

A tal da neutralidade que diz que as empresas devem fornecer internet de forma ilimitada e sem restrições de conteúdo, salvo em casos de sites considerados perigosos. Mas na nossa realidade, as operadoras vendem os famosos "pacotes de franquia" onde o usuário escolhe uma determinada quantidade de downloads e quando esta quantidade é atingida a operadora simplesmente reduz sua velocidade, ou bloqueia mesmo. Outro habito comum é o acesso ilimitado as redes sociais. Essas ações, frente ao texto do Marco Civil, são consideradas criminosas, mas ninguém nunca obrigou as operadoras a retirarem esses planos, pelo contrário, os contrataram.

As operadoras, segundo a matéria, irão regular o fornecimento de banda de acordo com a utilização de cada usuário. Ou seja, os melhores recursos irão para os serviços mais utilizados, já os demais terão uma certa redução para "compensar" o trafego. Visto que o acesso de mais de 70% da população se resume a Facebook e Google, os demais serviços terão um valor adicional.

É fato que, o Marco Civil não é respeitado e, na minha humilde opinião, a ofensiva que está sendo preparada pelas operadoras fará jus ao termo. Eles irão lutar até o ultimo minuto, com cada gota de suor, para que as pessoas paguem mais caro pelo fornecimento de internet.

Por enquanto, ainda podemos desfrutar da nossa liberdade. Mas dias sombrios virão.

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Brazilian Times (A ficção da neutralidade na internet)